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4 de fevereiro de 2008

Ainda não extravasei o quanto queria, desde aquele final de tarde sinto me aliviado e aproveitando cada segundo dessa nova sensação, muitos quilos a menos em minhas costas e na consciência, minha mente pede descanso, sossego, e muita mas muita bobagem. Aguardo a hora certa pra poder enfim gritar para os quatro cantos, berrar até estralar a garganta... e nesse grito soltar todos os momentos vividos durante todos esses anos.



Não se assustem, se em algum desses dias um berro bradar dos meus pulmões.

Será um simples ato de libertação, libertação de mim mesmo, dos meus medos minha desconfiança.
Será um grito de superação, dos longos dias, das longas horas dos minutos que martelavam ansiosos diariamente na minha cabeça, e nesse mesmo instante estarei intimamente agradecendo àqueles que não só acompanharam como fizeram e fazem parte da minha história nesses quatro anos.
Desde a minhã mãe e meu irmão que tiveram que me aturar mais algum tempo dentro de casa, aos meu amigos que me incentivaram e mesmo sem saber me fizeram persistir. Quatro maravilhosos anos, onde as duvidas e as dores se sucediam em curtos intervalos e o aprendizado se tornou constante, onde as flores por entre pedras secavam pelo caminho e se perdiam no meu horizonte. Nesse grito estará acumulado cada sorriso e cada lágrima lançada, cada dúvida e cada resposta .

Nele ficará expresso tudo o que eu fui, que eu ví, que eu fiz, que eu sentí, que eu quis, que eu viví e enfim estará materializada de alguma forma esta conquista que hoje é apenas um passo, rumo á porta que se abre ao largo caminho que tenho a seguir. Sei que muitas dores muitas lágrimas, muitas flores como as que secaram virão e eu não deixarei de aprender sequer um instante.