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4 de abril de 2008

Máscaras!?

A pouco tempo atrás tudo indicava que o próximo tema que eu postaria seria outro... mas lá vou eu mudando de planos mais uma vez.
Volta e meia me vejo rodeado de pessoas, umas apressadas, outras atarefadas, outras muito cansadas, varias sorrindo, algumas mais cabisbaixas. E então me pergunto, onde estão as verdadeiras faces nesses semblantes?
HIPOCRISIA
, logo de cara me vêm à mente, de uma forma generalizada, as individualidades do ser numa sociedade ou grupo.
De fato esse termo abrange muitas outras concepções que já não me convém citar nessa ocasião, prefiro agora limitar -me ao fato de que nós, enquanto indivíduos estamos sempre preocupados com o que iremos passar para o semelhante.
A bem da verdade, culturalmente fomos educados a nos apresentar sob máscaras, crescemos condicionados a nos adaptar ao meio social e nele buscamos algum destaque. Para isso somos programados para esconder o máximo possível, alguns valores fundamentais da nossa existência.

Quase que diariamente sufocamos o nosso sentimentalismo,
preservamos cada vez mais os nossos ideais,
e calamos a todo instante o nosso caráter.
Mas o que nos leva a isso?
O que nos torna tão frios com nosso próximo?
Por que não falar de amor com amigos, ou amigas?
Por que não falar de essência?
Plagiando um amigo meu (e de muita gente):
O ESSENCIAL È INVISÌVEL PARA OS OLHOS. (O Pequeno Príncipe, Saint Exupery)
O mundo atual, capitalista em sua busca constante por um lugar ao sol, que torna as pessoas cada vez mais individualistas e rivais pode ser considerado uma das máquinas motoras desse contra-senso.
Outro motivo, provavelmente oriundo do individualismo, é a necessidade de se mostrar forte, duro, como um brutamontes e ao mesmo tempo andar num grupo onde as pessoas demonstrem igualdade de ideais. São as chamadas tribos, ou classes sociais (pretendo decorrer sobre isso numa outra ocasião).
Há ainda aqueles que por não se sentirem seguros de si, se sentem incapazaes de ter opinião ou de ter um gosto pessoal e acabam por aceitar as imposições das vontades alheias.
O fato é que muitas pessoas estão desacostumadas a agradecer por uma ajuda recebida, ou a ceder um elogio por uma dádiva alheia, já não sabem mais como falar de amor pois tais valores são sinônimo de fraqueza ou fragilidade,
mas insistem em enxergar os defeitos, erros ou fraquezas no semelhante.
Se passássemos a valorizar os mínimos detalhes dos nossos próximos, estaríamos construindo uma sociedade mais humana, mais justa e mais amigável.

Pra finalizar cito um trecho conhecido, de uma música da Pitty.
...Tira!
A Máscara
Que cobre o seu rosto
Se mostre
E eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro
Jeito de ser...

Ninguém merece
Ser só mais um bonitinho
Nem transparecer
Consciente, inconseqüente
Se preocupar em ser
Adulto ou criança
O importante é ser você...

Mesmo que seja estranho
Seja você!