Páginas

16 de agosto de 2008

Mascaras II

Novamente após tempos longínquos volto a postar.
Foi até meio que proposital essa demora para que eu pudesse rever aquele conceito, divergido por algumas pessoas. Creio que no momento atual estou na fase mais propícia para analisar tal tema, visto que acabo de entrar num universo novo, numa cidade nova, numa graduação nova onde é preciso criar novos laços.
Muito se questionou sobre o fato da possibilidade de viver sem máscaras e se isso traria sempre benefícios comuns.
Pois bem, sabendo que o ser humano tem em si um caráter ‘político’ que é responsável pelas suas relações, sejam elas pessoais, afetivas ou profissionais e esse caráter é responsável pela nossa apresentação e convivência social, é comum associarmos aos nossos “atos políticos” idéias ou opiniões que não condizem com nossa índole num primeiro instante, isso ocorre pela tolerância e/ou interesse na relação.
Trocando em miúdos, para “cativarmos” alguém costumamos “fazer tipo”, ou relevar o que há de adverso na outra pessoa, esses atos podem inicialmente construir relações pacíficas, mas no meu entender, não fazem dela uma relação verdadeira e coerente. Essa relação pode ser construída a partir principalmente do respeito à adversidade, com a liberdade para defender suas opiniões em quaisquer circunstâncias e principalmente do interesse de ambos em se construir tal relação.
A nossa sociedade nos acostumou a procurar pessoas que pensem igualmente, e dão a isso o nome de afinidade. Porém afinidade não tem o mesmo significado de gostos iguais, mas de boa relação entre as diferenças. Como os elétrons que se unem por afinidade da vontade “ADVERSA” entre eles. Por isso o mais correto não é tolerar no sentido de ter que “engolir calado” uma opinião de quem se difere no interesse em conquistar. O mais correto é que as opiniões sejam defendidas e expressas livremente sem que se haja por isso algum desconforto.
Quanto á hipocrisia, falando mais amplamente e parafraseando Raul Rock Seixas, Há muita estrela pra pouca constelação. Onde as pessoas geralmente se dizem defensoras de uma opinião de uma causa e têm uma pratica habitual contraditória quanto á isso. Faço aqui uma crítica direcionada a mim mesmo que pouco faço diante das minhas preocupações.
Vivemos numa sociedade onde as pessoas se preocupam em estarem belas, arrumadas, cheirosas e mesmo passando dificuldades financeiras, precisam dessa máscara a qual chamam status. Ou pessoas que dizem direcionar suas vidas para ajudar, mas por trás demonstram interesses estritamente pessoais, pessoas que usam as máscaras do mal caráter e se fazem presente em todos os lugares, na religião, na política, no comércio, nas ruas.
Se não citei isso anteriormente, o faço agora. Realmente viver sem máscaras não é nada fácil e como todo processo cultural requer um longo período de trabalho pessoal. Mas ninguém nunca disse que viver era fácil. Cabe a nós estarmos em constante análise interior, revermos as nossas atitudes, nossos gestos e gostos, e com um pouco de “auto-senso-crítico”, poderemos perceber claramente essas circunstâncias às quais citei.
Para finalizar, espero ter esclarecido a minha idéia um tanto quanto polêmica, e vos digo que em todas as minhas relações, pessoais, sociais, políticas, grupais procuro mostrar a minha cara da forma mais verdadeira, da forma mais crua e honesta, espero estar conseguindo isso cada vez mais.

Quebremos nossas máscaras e respeitemos as adversidades.
Um sincero abraço a todos.
4 de abril de 2008

Máscaras!?

A pouco tempo atrás tudo indicava que o próximo tema que eu postaria seria outro... mas lá vou eu mudando de planos mais uma vez.
Volta e meia me vejo rodeado de pessoas, umas apressadas, outras atarefadas, outras muito cansadas, varias sorrindo, algumas mais cabisbaixas. E então me pergunto, onde estão as verdadeiras faces nesses semblantes?
HIPOCRISIA
, logo de cara me vêm à mente, de uma forma generalizada, as individualidades do ser numa sociedade ou grupo.
De fato esse termo abrange muitas outras concepções que já não me convém citar nessa ocasião, prefiro agora limitar -me ao fato de que nós, enquanto indivíduos estamos sempre preocupados com o que iremos passar para o semelhante.
A bem da verdade, culturalmente fomos educados a nos apresentar sob máscaras, crescemos condicionados a nos adaptar ao meio social e nele buscamos algum destaque. Para isso somos programados para esconder o máximo possível, alguns valores fundamentais da nossa existência.

Quase que diariamente sufocamos o nosso sentimentalismo,
preservamos cada vez mais os nossos ideais,
e calamos a todo instante o nosso caráter.
Mas o que nos leva a isso?
O que nos torna tão frios com nosso próximo?
Por que não falar de amor com amigos, ou amigas?
Por que não falar de essência?
Plagiando um amigo meu (e de muita gente):
O ESSENCIAL È INVISÌVEL PARA OS OLHOS. (O Pequeno Príncipe, Saint Exupery)
O mundo atual, capitalista em sua busca constante por um lugar ao sol, que torna as pessoas cada vez mais individualistas e rivais pode ser considerado uma das máquinas motoras desse contra-senso.
Outro motivo, provavelmente oriundo do individualismo, é a necessidade de se mostrar forte, duro, como um brutamontes e ao mesmo tempo andar num grupo onde as pessoas demonstrem igualdade de ideais. São as chamadas tribos, ou classes sociais (pretendo decorrer sobre isso numa outra ocasião).
Há ainda aqueles que por não se sentirem seguros de si, se sentem incapazaes de ter opinião ou de ter um gosto pessoal e acabam por aceitar as imposições das vontades alheias.
O fato é que muitas pessoas estão desacostumadas a agradecer por uma ajuda recebida, ou a ceder um elogio por uma dádiva alheia, já não sabem mais como falar de amor pois tais valores são sinônimo de fraqueza ou fragilidade,
mas insistem em enxergar os defeitos, erros ou fraquezas no semelhante.
Se passássemos a valorizar os mínimos detalhes dos nossos próximos, estaríamos construindo uma sociedade mais humana, mais justa e mais amigável.

Pra finalizar cito um trecho conhecido, de uma música da Pitty.
...Tira!
A Máscara
Que cobre o seu rosto
Se mostre
E eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro
Jeito de ser...

Ninguém merece
Ser só mais um bonitinho
Nem transparecer
Consciente, inconseqüente
Se preocupar em ser
Adulto ou criança
O importante é ser você...

Mesmo que seja estranho
Seja você!
22 de março de 2008

Long Time Ago

Faz muito tempo que não escrevo nada de novo nisso aqui, nem tanto por falta de temas,
ou por falta de incentivo (Lana Lane que o diga), mas creio que esse tempo todo foi bom pra que eu me sentisse mais a vontade.
Pensei em falar sobre a felicidade e a realização pessoal motivadas por acontecimentos excepcionais. Mas justo hoje o tema mudou completamente de foco, devido tambem a casos excepcionais.

Amizade, definido no dicionário como sentimento de fiél afeição, estima ou ternura entre pessoas que em geral não são parentes nem amantes. Pode ser interpretado e sentido das mais variadas formas entre os homens.
Para alguns mais sentimentais elas podem lhes valer a vida, para outros no entanto, não passam de sinceras relações de sociabilidade. Ter um amigo ou uma amiga em suma representa ter alguém com quem se pode testar a sua grandeza, como a fidelidade, a sinceridade e o seu apego ao próximo.
Nesse quesito mais uma vez posso me considerar um previlegiado, pois pude experimentar manifestações das mais diversas dentro das minhas amizades, entre paixões, frustrações, traições, decepções, dores, derrotas, vitórias, quedas, tropeços, crescimentos, enfim meus amigos me disponibilizaram uma gama de sentimentos, os quais sem eles eu não teria formado minha índole. Devo a eles uma enorme parte da minha vida, do meu carater dos meus sonhos.
Aos meus diversos amigos, sejam eles próximos ou distantes, fisica, virtual ou psicologicamente, deixo meu enorme agradecimento por tudo o que fizeram e fazem por mim até hoje.
4 de fevereiro de 2008

Ainda não extravasei o quanto queria, desde aquele final de tarde sinto me aliviado e aproveitando cada segundo dessa nova sensação, muitos quilos a menos em minhas costas e na consciência, minha mente pede descanso, sossego, e muita mas muita bobagem. Aguardo a hora certa pra poder enfim gritar para os quatro cantos, berrar até estralar a garganta... e nesse grito soltar todos os momentos vividos durante todos esses anos.



Não se assustem, se em algum desses dias um berro bradar dos meus pulmões.

Será um simples ato de libertação, libertação de mim mesmo, dos meus medos minha desconfiança.
Será um grito de superação, dos longos dias, das longas horas dos minutos que martelavam ansiosos diariamente na minha cabeça, e nesse mesmo instante estarei intimamente agradecendo àqueles que não só acompanharam como fizeram e fazem parte da minha história nesses quatro anos.
Desde a minhã mãe e meu irmão que tiveram que me aturar mais algum tempo dentro de casa, aos meu amigos que me incentivaram e mesmo sem saber me fizeram persistir. Quatro maravilhosos anos, onde as duvidas e as dores se sucediam em curtos intervalos e o aprendizado se tornou constante, onde as flores por entre pedras secavam pelo caminho e se perdiam no meu horizonte. Nesse grito estará acumulado cada sorriso e cada lágrima lançada, cada dúvida e cada resposta .

Nele ficará expresso tudo o que eu fui, que eu ví, que eu fiz, que eu sentí, que eu quis, que eu viví e enfim estará materializada de alguma forma esta conquista que hoje é apenas um passo, rumo á porta que se abre ao largo caminho que tenho a seguir. Sei que muitas dores muitas lágrimas, muitas flores como as que secaram virão e eu não deixarei de aprender sequer um instante.