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16 de março de 2009

Gozar é fácil, difícil é prazer!

Nos tempos modernos, tempos de libertinagem, a busca incessante pelo “prazer” físico e pelos 30 segundos de nirvana extasiante, configura na sociedade novas formas de relacionamento. As cortes e noivados perdem espaço para os “rolos” e as “ficadas”, e com elas as viroses, as doenças e uma série de outros fatores adoecem psicologicamente a sociedade. Não quero aqui dar uma de puritano moralista, muito menos condenar a o fazer sexo, pelo contrário, minha proposta é defender o ato, não pela causa, mas pela essência.

O Carnaval passou e a “Dalila” ficou em muita gente. E não foi a música de Ivete Sangallo e Carlinhos Brown que ficou na cabeça do povo, mas sim um surto de gripe viral disseminado pelo boca - a – boca (ou beija - beija) da festa. E não é só o surto de gripe que contamina as pessoas depois desses eventos De acordo com a secretaria de saúde do estado, é comum o aumento do índice de gravidez e de surtos de doenças infecto – contagiosas nesses períodos, como herpes, HIV etc.

De uma maneira geral o que ocorre é que homens e mulheres de todas as idades, estão se habituando à promiscuidade e as trocas muito rápidas de experiências e de parceiros. O que impede muitas vezes de se criarem os laços afetivos que, na minha concepção, são elementos fundamentais para o prazer.

O beijo na boca, o abraço apertado e o sexo trazem realmente sensações maravilhosas ao nosso ego, ao nosso intimo e, dizem, até mesmo ao nosso corpo, mas a ação sem essência é comparável a uma comida sem tempero, apesar de ser bom não é pleno, não é completo.

É muito mais valiosa a essência de partilhar o momento para além do prazer físico, partilhando também o prazer emocional e afetivo. Afinal, quando dividimos uma experiência com sentimento as mudanças sutis fazem total efeito. Do entreolhar inicial aos murmúrios delirantes, as sensações que se afloram na pele são refletidas no resto da vida.

Quando buscamos o gozo, não buscamos prazer, buscamos alívio. Quando buscamos amor buscamos a essência que consiste o prazer.

Mas não condeno também quem procura apenas o gozo, afinal de contas, a vida é mesmo dura e cada qual tem seus gostos e seus modos de “relaxar”. Eu sugiro apenas que se a intenção é gozar, que faça sozinho. Masturbe – se. Afinal é mais seguro, e para isso basta apenas uma boa imaginação e algum tempo sozinho. Como diria Zé Ramalho “...meros devaneios tolos a me torturar, queria usar quem sabe uma camisa de forças, ou de Vênus...” Masturbação não é pecado, nem é imoral, é descoberta, desejo e as pessoas não tem mais por que esconder esse assunto.

Mas se o que buscas é prazer, não saia desesperado procurando no braços de quem lhe aparece sorrindo. A chance de encontrá-lo dessa forma é menor, pois precisa da combinação “química” + tempo + diálogo+ tesão+ admiração + cumplicidade. E mesmo essas coisas não tornam o sexo algo metódico e entediante, mas, significativo e sublime, como uma boa comida temperada.

Muito prazer a todos!

3 comentários:

Escrito pela saudade... disse...

É Por isso que a gente se dá tão bem... pq eu te amo!

Lucas Bidow disse...

"O que impede muitas vezes de se criarem os laços afetivos que, na minha concepção, são elementos fundamentais para o prazer"

Não sei, acho que é uma perspectiva muito romântica. O assunto merece maiores discussões. Merece ser mais problematizado.

Mas o texto é massa!

=]

Unknown disse...

Eita Assunto complicado esse que você escolheu, hein GildA?! Mas concordo com Bidow, essa é mesmo uma perspectiva muito romântica. Fazer sexo é bom, fazer amor também. Acredito que só precise haver respeito entre os parceiros.